Provavelmente,
muitos pensarão que este tipo de “efeitos especiais” e técnicas só surgiram
como consequência de todo o desenvolvimento tecnológico das últimas décadas. E,
nesse sentido, pareceu-me extremamente oportuno trazer até cá um verdadeiro
“cientista do cinema”, e que é até hoje conhecido como “O pai dos efeitos
especiais”: Georges Méliès.
Este
extraordinário “experimentador” do cinema, foi o responsável pelas primeiras
técnicas mais arrojadas no que respeita à montagem. Ora, na época (e falamos
dos nos de 1890), sem o recurso aos computadores, que facilitam hoje em dia
grande parte das técnicas de criação desses efeitos só por si, estes génios
faziam uso da sua imaginação, do conhecimento dos processos de filmagem e da
película que tinham, para irem descobrindo novas formas de trabalhar a imagem e
de surpreender o seu público. Eram efeitos artesanais,
feitos mecanicamente ou diretamente na película.
Um ilusionista, antes de um
cineasta!
A verdade é que, hoje em dia, nos tornámos cada vez mais exigentes, e já não nos deixamos surpreender com facilidade. Mas, se nos situarmos por exemplo no ano de 1890, onde, a própria imagem em movimento era ainda uma novidade surpreendente, quanto mais não seriam estes efeitos trazidos por Méliès!
É fácil imaginar o espanto
daquele público, ao ver um personagem desaparecer em cena, ou um objecto mudar
de posição como que por magia!
Por todos esses motivos, é com
todo o orgulho que relembro o seu nome e o seu trabalho, reconhecendo nele um
grande contributo para o mundo do cinema.
"Le Voyage Dans La Lune" (1902)é um exemplo fascinante de tudo o que falas no teu post. Méliès era um artista e um visionário. Chaplin chamava-o de "alquimista da luz". O uso da técnica de dupla exposição do filme foi um grande impulso na história do cinema e da fotografia!
ResponderEliminarContinuação de bom trabalho ;)
Sara Toscano