sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Stanley Kubrick - A filmografia completa


“Uma das coisas que me deu mais confiança para tentar fazer um filme foi ver todos os maus fimes que vi. Ficava ali sentado e pensava: Bem, não sei absolutamente nada de filmes, mas sei que consigo fazer um filme melhor que aquilo".

Esta é uma das mais célebres frases proferidas pelo grande Stanley Kubrick.
Aquando da sua morte, em 1999, um jornalista escreveu que agora não mais poderia viver à espera do próximo filme do cineasta, e que com isso a sua vida se empobreceria, e muito.

De facto, Stanley Kubrick é um dos poucos cineastas contemporâneos capazes de causar esse tipo de impressão. A sua visão da vida, e as suas obras, são até hoje uma marca no mundo do cinema e da arte.

Em homenagem à sua valiosa e extensa obra, a TASCHEN lançou, recentemente, um livro com a filmografia completa do realizador. Recheado de fabulosas imagens icónicas e de curiosos momentos de bastidores, bem como  de informação sobre toda a sua história de vida, conta ainda com uma cronologia completa do autor.

O autor do livro, Paul Duncan, editou já mais de 50 livros sobre cinema para a TASCHEN, incluindo o premiado “The Ingmar Bergman Archives" e a obra de Alfred Hitchcock.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Uma cicatriz perfeita!

"A caracterização é um elemento essencial em qualquer filme" - James Cameron

Desde a simples maquilhagem, até à construção de verdadeiros monstros ou seres especiais, a caracterização é uma área de produção cinematográfica que se revela indispensável.

Nos filmes de terror, ou que envolvam acidentes ou combates, é fulcral pensar numa boa equipa de caracterização, para que o resultado idealizado inicialmente para o filme, seja levado a cabo.

No que respeita à criação de cicatrizes e de ferimentos realistas no corpo humano, as técnicas são, actualmente, de topo. No entanto, a caracterização de uma personagem requer muita paciência quer por parte do técnico, quer por parte do próprio actor, uma vez que este processo pode levar horas.

Para os mais curiosos, aqui fica um vídeo tutorial de criação, passo a passo, de uma das mais simples cicatrizes usadas na caracterização:

Esperança para o Cinema Português

O Partido Socialista apresentou esta quinta-feira no Parlamento um projecto de lei para o cinema que contempla um alargamento do sistema de financiamento e introduz o investimento directo.
(11-01-2012 por Lusa)

O projecto de lei do PS, que enquadra os princípios de apoio à produção de cinema e audiovisual, foi apresentado em Dezembro e debatido em plenário esta quinta-feira.

Segundo o preâmbulo do projecto, assinado, entre outros, pelas deputadas Gabriela Canavilhas e Inês de Medeiros e pelo deputado Carlos Zorrinho, propõe-se “o alargamento do sistema de financiamento do sector a novas entidades”.

Esse alargamento resultaria dos “desenvolvimentos tecnológicos e das alterações verificadas nos mercados”, procurando captar fundos de áreas de negócios emergentes com “inequívocos interesses no comércio das imagens”.

Em Maio passado, Gabriela Canavilhas, então ministra da Cultura, afirmara que as fontes de financiamento do cinema iam passar a incluir contribuições das operadoras de comunicações da rede móvel.

“Por outro lado, o sistema agora proposto consagra, pela primeira vez, a figura do investimento directo mínimo obrigatório”, lê-se no texto, o que segundo os seus autores é “particularmente desejado pelos diversos agentes do sector”.

Outra novidade proposta é a instituição de “um regime específico de medidas de captação de investimento, destinado, em primeiro lugar a captar para território nacional os benefícios económicos, directos, de actividades de produção internacional”.

Sustenta o PS que este projecto de lei conjuga os apoios e outras ajudas do Estado com “eventuais fundos de capital de risco ou outros instrumentos de investimento especializado” como os de iniciativa regional, e ainda os “investimentos directos”.

Este conjunto de factores permitirá, no entender dos socialistas, “um ambiente mais favorável ao desenvolvimento do sector cinematográfico”.

O projecto implica a “revisão substancial do regime de contribuições, investimentos e outras obrigações”, actualizando “o leque das entidades que asseguram o financiamento mediante o pagamento de taxas e contribuições”.

Segundo o PS este projecto “permitirá realizar os objectivos de crescimento da parte do mercado das obras nacionais e de desenvolvimento das pequenas e médias empresas do sector”.

Sangue...falso!

Quem nunca ficou aterrorizado com a quantidade de sangue vista nos filmes de terror? Com certeza muitas pessoas se perguntam como é criado este efeito especial. A resposta é simples: vem do laboratório!


Sim, o líquido vermelho devorado por vampiros nos filmes, ou derramado pela boca ou olhos dos personagens de um filme de terror, não passa de um composto artificial produzido em laboratório.

E a sua composição é, ao contrário do que se possa pensar, bastante simples. Os produtos mais usados são: C.M.C. (Carboximetilcelulose de sódio ou Metacelulose), Glucose e corante líquido. O mais curioso é que todos estes ingredientes são também utilizados na confecção de bolos. Ou seja, são perfeitamente inofensivos à saúde humana.

Claro que, ao longo do tempo, as técnicas de criação deste tão útil efeito foram evoluindo, e hoje, as equipas de produção têm a possibilidade de adaptar o tipo de sangue falso, de acordo com cada cena e cada personagem. Por exemplo:



Sangue em gel: é usado normalmente para representar sangue fresco, em ferimentos que aconteçam durante a cena.









Sangue seco: usado para transmitir a ideia de sangue seco, ideal para ferimentos velhos e amputações.








Sangue em cápsulas: efeito para cenas de pessoas baleadas, onde o sangue sai pela boca. Basta o actor morder a cápsula e o sangue é expulso.





As constantes experiências com este tipo de elementos têm-se revelado, obviamente, indispensáveis, uma vez que contribuem para aumentar o realismo das cenas a que assistimos num ecrã de cinema.

Ups! Um erro!


O raccord é, no cinema, o método que permite que a continuidade de um filme seja linear e coerente. Ou seja, que não aconteçam falhas ou erros de posição de objectos ou personagens, de mudanças bruscas de determinados aspectos dentro da cena. Só com um correcto raccord é que o espectador consegue acompanhar correctamente a linha e a mensagem subjacente ao filme.

A produção de um filme envolve meios e técnicas do mais complexo possível. Quando assistimos a um filme numa sala de cinema ou sentados no sofá de casa, não temos noção de que o que estamos a assitir é fruto do trabalho intenso de (normalmente) centenas de pessoas, durante largos meses ou até anos.
Claro que, os erros acontecem em todo o lado, e numa produção de grande dimensão é inevitável que, num momento ou outro, pequenos pormenores acabem por escapar. Grande parte das vezes, esses erros nem são perceptíveis à maioria do público, mas para a equipa é motivo de grande pressão.
Actualmente, há quem se dedique a tentar encontrar esses pequenos pormenores que escapam à produção, e são inúmeros os vídeos que podemos encontrar na internet, com os principais erros de cada filme. Aqui ficam alguns:

 Em "O Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel" (2001)

Em "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (2001)

Em "Batman - The Dark Knight" (2008)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um rosto, uma personagem

"Nenhuma arte penetra na nossa consciência como o cinema, e vai directamente aos nossos sentimentos, bem fundo nos quartos escuros das nossas almas." - Ingmar Bergman


Ao longo da história do cinema, muitas foram as personagens que ganharam vida num ecrã de cinema e que jamais foram apagadas da nossa memória.
Quantas vezes saímos do cinema com um frase na cabeça? Quantas vezes voltamos a ver o mesmo filme só porque adorámos uma personagem?
Junto seguem alguns desses rostos e expressões que certamente muitos conhecem, e que com certeza representam e se tornaram símbolo dos filmes a que correspondem.

domingo, 8 de janeiro de 2012

(Mais) Cortes ao Cinema Português

(publicado a 3 de Janeiro de 2011 no Portal de Cinema)

O director do Instituto do Cinema e do Audiovisual, José Pedro Ribeiro, revelou ao Jornal Público que o ICA não tem actualmente as condições financeiras necessárias para abrir novos concursos para apoiar o financiamento de filmes nacionais.

Os concursos eram normalmente anunciados em Dezembro e abertos em Janeiro, mas este ano não houve nenhum anúncio oficial. A Secretaria de Estado da Cultura admitiu entretanto que os concursos não foram extintos, e que ainda se podem realizar até ao final do ano, mas nunca antes da entrada em vigor da Lei do Cinema.

Os fracos resultados comerciais que foram obtidos pelos filmes portugueses em 2011 e a crescente crise financeira que assola o país, estão na base destes crescentes cortes aos apoios financeiros e culturais do estado, cortes esses que afectam essencialmente os realizadores/ artistas menos estabelecidos e conhecidos.ICA Corta Nos Apoios Financeiros Aos Filmes Nacionais